Fé em Dexter
Tenho a impressão que os roteiristas de Dexter não dão a mínima para o trabalho que Jennifer Carpenter desempenha na série – crime muito pior do que qualquer um cometido pelo personagem-título.
Não é a toa que a série concorre, com grandes chances de ganhar, ao Lisa Rinna Awards na categoria “A Gente Não Aguenta Mais”. Torço para que a sexta temporada, com estreia para o dia 2 de outubro, consiga arrancar tudo que Michael C Hall e Jennifer Carpenter podem oferecer.
Aliás, estou otimista. Dexter lidando com religiosidade significa Dexter lidando com seu lado negro. Significa um Dexter sem Rita, sem a chatinha Julia Stiles, sem falas melosas. Argh!
Dexter e Walter White, de Breaking Bad, enfatizam um conceito conhecido como ética de situação: “É certo fazer o errado para fazer o certo?” Em outras palavras, dá para justificar alguns certos princípios morais, a fim de defender um bem maior?
É compreensível que sapateiros queiram ir além de sapatos e que psicopatas queiram ir além de suas fixações, mas Dexter NÃO FUNCIONA quando aponta para realidades malucas, com situações borgeanas – como uma mulher vitima de abuso sexual que é encontrada por um nerd-psicopata obcecado por psicopatas e se apaixona por ele – comprovadamente responsáveis pelo fracasso da quinta temporada.
Agora o contrário. THANK GOD.
Levantar questões cujas respostas não fogem tanto do domínio dos personagens é uma boa ideia? Claro. Vimos exatamente isso na quarta temporada de Dexter, com todo o lance “família/casamento”. E foi genial.
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